Objectivo Tribuna 2009

por Duarte Canotilho em sábado, 31 de outubro de 2009





"Chegamos sempre ao sitio onde nos esperam"
Livro dos Itenerários (José Saramago)

Tendais :)

Instante

por Luísa em sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Num segundo, os olhares cruzaram-se e o sorriso apareceu.
Acabara a guerra e a inocencia mostrava cumplicidade. A cumplicidade de um instante que terminara mais rapido ainda.
Os anos perdidos pareciam agora vagas imagens que o tempo escondia. Já não havia melodia. Já nao havia dor. Só era passivel de se encontrar a melancolia de quem esteve em guerra e deseja não mais voltar.
As cicatrizes? Essas eles sabiam que iam ficar marcadas por toda a vida e seriam sempre chagas por fechar.
Mas o que importava?
O destino tinha sido traçado e agora restava-lhes esperar mais um pouco. Sabiam que as sequelas da guerra ainda iriam durar...

Parabéns!

por Tribuna

O nº 25 "aberto" pelo criador do nº 1, o Filipe Gaspar.
Obrigado pela presença de todos!

JANTAR DE CELEBRAÇÃO DO 25º NÚMERO DO JORNAL TRIBUNA

por Tribuna em quinta-feira, 29 de outubro de 2009



Hoje, às 20h30, numa cervejaria Diu perto de si. :)

Pedro e Sara

por Zenhas Mesquita

Hoje escrevo sobre essa coisa tão bela e misteriosa que é a relação amorosa entre dois apaixonados. Falo-vos de Sara e Pedro. A história deles é trágica, mas épica, daquilo que o amor pode dar mas também tirar. Sara afirmou que a causa da morte da sua relação foi a “cobardia; existência de um casamento prévio “. Enquanto durou o romance de 4 anos Sara amou incondicionalmente Pedro, oferecendo e moldando o seu espaço para o agradar, ambos tinham outras relações ( será aquilo que alguns chama de poliamor ?), mas para ambos só existia um e outro e “amavam-se como se fossem os únicos presentes nas histórias mutuas “. Alias “Pedro foi mais amado nestes anos, do que possivelmente em toda a sua história de vida. “ Como a vida pode ser tão bela quando partilhada a dois. Os sentimentos recíprocos não terminam por aqui, “Pedro também amou Sara; Sara era a sua nova juventude, a mulher que o acompanhava nas suas loucuras, a mulher que o desejava todos os dias a todas as horas, disponível para o amar e para se deixar amar”.
Conheceram-se de uma forma pouco comum, “online e durante algumas semanas partilharam gostos; história militar, clássica, gostos gourmet, músical. Encontraram-se casualmente de passagem em Lisboa para um café, voltaram a encontrar-se para dois dedos de conversa e evoluiram para uma relação intensa e muito vivida “. Historia militar ? Quem me dera a mim, conhecer a minha alma gémea. Mas como todas as historias da vida real, também este conto de fadas terminou mal, pois segundo a própria “ O que nunca sentirei falta é de ser bruscamente acordada para a existência de uma pessoa que desconhecia A forma como ele se revelou no dia em que a mulher soube da verdade, não tendo qualquer tipo de coragem de me enfrentar e dizer-me a verdade, terminando uma história destas por um sms, diz-me que a pessoa com quem partilhei a minha vida durante todo aquele tempo é uma pessoa que nunca existiu: inventou-se para aquele espaço/tempo, mas não era real...
Sei que nunca mais o verei, mas sei que nunca conseguirei ultrapassar esta história pois estou a fazer o luto de uma morte de uma pessoa viva... Acabar por SMS é duro, mas não se ficaram por aqui, o pior foi mesmo que “a mulher me importunasse no meu local de trabalho “
Como sempre há a versão que Pedro me conta, muito diferente , “Nao foste ou serás nunca melhor que eu. Já estavas moribunda há muito. Hoje, agradeço o fim de uma "relaçao" peçonhenta. Esquece definitivamente que existi ou existo. Nao me recordes, nem em blogues ridiculos, tu e as amiguinhas. Finalmente tenho a paz e a felicidade que sempre assombraste. chega, já morreste há muito. Adeus.”
Garotas do Mundo, os homens não prestam, sei bem porque sou um. A historia deste casal é triste como tantas outras, como a nossa, eu conto com o http://relationshipobit.com/obituary, pois saberei sempre que posso contar com ombros amigos quando a dor me bater a porta.
A Historia de sara e Pedro está aqui: http://relationshipobit.com/obituary/show/1099

Liberdade de Imprensa

por Frederico de Sousa Lemos em quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Depois de se ter sabido que Portugal caiu 14 lugares no ranking de países que respeitam a liberdade de imprensa (do 16.º para o 30.º lugar), o Jornal Público divulgou hoje esta notícia:
China proíbe literatura “pornográfica” na Internet

As autoridades chinesas censuraram desde Janeiro passado 1414 obras literárias colocadas online, devido ao seu conteúdo “pornográfico”, noticiou a Administração Geral de Imprensa e Publicações da China.

As obras proibidas incluíam conteúdo pornográfico, faziam uso de títulos provocadores que violavam a privacidade com o intuito de captar a atenção, ou versavam descaradamente sobre encontros de uma noite, trocas de esposas, abusos sexuais e violência, desrespeitando a decência”, pode ler-se na nota da Administração Central.
Cerca de 30 mil links e mais de 20 páginas literárias foram bloqueadas depois da acção da Administração Central, que teve início no início do ano.
Esta foi a mais recente iniciativa levada a cabo pelo Governo chinês para controlar conteúdos colocados online, que nos últimos meses já conduziu ao encerramento de milhares de páginas web no gigante asiático.
Sites como o YouTube, a rede social Facebook, o site de microblogging Twitter ou o site de alojamento de blogues Blogger são alguns dos populares sites aos quais não é possível ter acesso a partir da China.
A China é o país do mundo com maior número de utilizadores, com quase 380 milhões de pessoas, mas de acordo com o último relatório da organização Repórteres Sem Fronteiras, este país está no último lugar da lista (na 168ª posição) em termos de liberdade de imprensa.
In Público Online, 28.10.2009
Notícias perturbantes, heim?

poesia up from the skies

por Francisco em terça-feira, 27 de outubro de 2009

A música é muito, muito bonita. Mas neste momento o tributo que faço é às palavras, aos versos, à poesia. E essa virtuosidade, a de conseguir fazer poesia passível de ser lida e apreciada autonomamente, desligada da música em si, está ao alcance de muitos poucos.

"I just want to talk to you
I wont uh, do you no harm
I just want to know about your different lives
On this is here people farm
I heard some of you got your families
Living in cages tall and cold
And some just stay there and dust away
Past the age of old.
Is this true ?
Please let me talk to you.

I just wanna know about
The rooms behind your minds
Uh do I see a vacuum there
Or am I going blind ?
Or is it just uh, remains of vibrations
And echoes long ago ?
Uh things like love the world and uh
Uh let your fancy flow
Is this true ?
Please let me talk to you
Let me talk to you.

I have lived here before
The days of ice
And of course this is why
Im so concerned
And I come back to find
The stars misplaced
And the smell of a world
That is burned
A smell of a world
That is burned.

Yeah well, maybe, hmm...
Maybe its just a... change of climate
Hmm, hmm...
Well I can dig it
I can dig it baby
I just want to see.

So where do I purchase my ticket ?
Id just like to have a ringside seat
I want to know about the new mother earth
I want to hear and see everything
I want to hear and see everything
I want to hear and see everything
Yeah...

Aww, shucks
If my daddy could see me now
Everything, everything, everything, oh everything"

Jimmy Hendrix, "Up from the skies"

alea jacta est

por Ary em segunda-feira, 26 de outubro de 2009


Diz-se nas ruas.

por Guilherme Silva

Em conversa com um individuo do sexo oposto (olá, o meu nome é Manuel e sou do sexo masculino) confirmei que as mulheres são bem menos dadas ao secretismo amoroso do que os homens.
Ao que parece, as mulheres são um pouco como a SAD do Benfica, que quando gosta minimamente da nova finta de um qualquer avançado de um qualquer clube, trata de imediatamente anunciar a sua contratação ao vento que passa (leia-se a Bola). Já os homens - continuando a metáfora futebolística - ao que parece são bastante semelhantes à SAD do FC Porto, que mesmo quando já tem camisolas prontas com o nome do novo craque, nem assim o trata de anunciar a quem de interesse.

São estilos diferentes, diz-se nas ruas.
É fofoca a mais, dizem os homens.*
É suspense a mais, dizem as mulheres.

* sim, há homens que utilizam a palavra "fofoca". Conheço pelo menos dois, e li sobre outro num livro da Margarida Rebelo Pinto.

Fora de Horas 2

por Angelina em domingo, 25 de outubro de 2009

"Responder a um louco de acordo com a sua loucura, não vá ele ser ajuizado dentro dos seus caprichos.
Não responder a um louco de acordo com a sua loucura, não vá julgar-te seu igual.
Escolher um "
Saul Bellow ,Herzog

Sem espirito para mais ...mas também há frases que não são para comentar, valem por si e pretendem uma interpretação muito própria.

Boa semana para todos.

AGNU ´09-UM EVENTO QUE NINGUÉM QUERERÁ PERDER

por Anónimo

No dia 2 DE DEZEMBRO NA FDUP ocorrerá uma simulação da ASSEMBLEIA GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS promovida pela coordenação da Amnistia Internacional, IFJ, AEFDUP e SdD!

O objectivo é uma vez mais à semelhança do que a aconteceu com a conferência de Joaquin Martinez ASSINALAR A LUTA CONTRA A PENA DE MORTE! através de um evento deveras CATIVANTE, DIFERENTE E PEDAGÓGICO.

Não percam esta oportunidade e INSCREVAM-SE, não estarão somente nO papel de um orAdOr, de um polÍtiCo, AdvOgado ou actIviSta mas sim no papel do DELEGADO Do PAÍS QUE TU ESCOLHESTE!

Consultem o site http://agnufdup.blogspot.com/ e MOSTREM QUE SÃO CAPAZES DE ARGUMENTAREM SOBRE A MESA UM TEMA TÃO CONTROVERSO E COM POSIÇÕES FORTEMENTE OPOSTAS!

PARA QUEM GOSTA DE UM BOM DEBATE ASSISTA E PARTICIPE...

Vamos todos conhecer melhor OS DIFERENTES PAÍSES e MOSTRARMOS A NOSSA CAPACIDADE NÃO SÓ DE EXPRESSÃO, NÃO SÓ DE OPINIÃO MAS TAMBÉM DE FIRMEZA NA DEFESA DE UM IDEAL....

Claudia Costa, Activista da AI

Hoje sonhei com isto:

por Sara Morgado

Uns mauzões do Médio Oriente tinham-me raptado para a guerra da papoila do ópio. Fizeram-me escrava numa gruta muito suja no Afeganistão e todos os dias tinha de cuidar das papoilas e fazer aquelas misturas todas até dar heroína. Pedi ao líder para que me libertasse porque tinha a minha vida cá e precisava de voltar. O líder não deixou porque achava que eu estava a mentir e só queria vir contar ao Ocidente todos os segredos da Al-Qaeda no fabrico da heroína, nº 1 em qualidade mundial.

Meu deus.

Fora de horas

por D.

Agora que o tempo quente parece ter de vez feito as suas malas, voltam-se a abrir-se certas gavetas e portas de armários que estavam fechadas. Saem aquelas pequenas coisas que quando o calor lá fora aperta, não precisam sequer de adornar os pescoços ou tapar os braços ou cobrir bem os pés para não se morrer de frio. Fecham-se de vez outras gavetas que só se vão abrir daqui a muitos meses e começa-se a fazer contas aos retratos e postais escritos durante o verão. Nos blocos perdidos pelas secretárias e outras gavetas encontram-se coisas e notas sobre coisas que se deveria ter feito dentro daquela época específica. Existe porventura a tentação de riscar as que foram cumpridas, mas muita coisa ficou por fazer. E recorda-se o último banho de mar, quando ainda havia calor e se estava numa costa muito longe das águas geladas que aqui nos banham. E talvez devessem ter sido mais as tardes a ler livros nos jardins de múltiplas línguas que o palácio oferece, deitados sobre a cidade. E é sempre bom regressar à cidade que serve de base para todas as outras e caminhar sem horas no pulso pelas ruas e por todos os edifícios onde se tem vontade de entrar. Os cafés juntos de turistas e sempre o rio a servir de banda sonora a gargalhadas que se dão em grupo.

Talvez no verão se sorria mais. Também se dorme mais e se tem mais tempo para fazer aquelas coisas de que se gosta mesmo. Muitos voltam para casa e pode-se de novo viver coisas que já não se faziam há muito tempo. O pior de tudo é que o inverno nos rouba os pôr-do-sol com cores variadas e garridas. Traz a noite ainda mais cedo. E embora um dia cresça, todos os outros ficam mais pequenos e a seriedade volta aos nossos lábios. As mãos e os pés ficam frios e a cama torna-se um convite ainda mais agradável. Quase não há vontade de fazer nada que implique sair de casa, e os filmes saltam das prateleiras para serem vistos. Mas às vezes até disso há preguiça. Tal como de pegar nos livros e ler.

São sempre preguiçosos os primeiros dias que antecedem a chegada do inverno.

Novo Núcleo da AI em Paranhos

por Anónimo

A Amnistia Internacional tem como objectivo fundamental alertar as consciências humanas para a Declaração Universal dos Direitos do Homem (1948) a fim de que a dignidade da Pessoa Humana seja respeitada universalmente. A Assembleia Geral da ONU salientou que os “(…) Direitos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objectivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adopção de medidas progressivas de carácter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universais e efectivos, tanto entre os povos dos próprios Estados-Membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição. “ Mas não bastam só palavras escritas num papel são necessárias acções activas centradas nas situações que não seguem este princípio e desrespeitam os artigos desta Declaração. Como tal um grupo de pessoas inspiradas pela luta em defesa dos Direitos Humanos assumiu formar-se como núcleo da Amnistia cuja área de acção será Paranhos, Porto. Este grupo cujo coordenador é o jornalista André Rangel será inaugurado no próximo dia 14 de Novembro no auditório da Junta de Freguesia de Paranhos tem como principal lema “Educar para os Direitos Humanos” não optando por acções amplas e de grande visibilidade mas sim por uma acção a menor escala ,no contacto directo com as pessoas de modo a sensibilizar todas as faixas etárias para esta luta tão nobre. O tema da inauguração será “Direito Justo da Dignidade: Dever cumprido ou esquecido” em que vozes sonantes da sociedade portuguesa denunciarão uma vez mais a necessidade urgente da luta pela Dignidade Humana. A acção deste núcleo passará pela formação dos alunos desde o ensino básico até ao ensino superior na área dos Direitos Humanos. Paralelamente será organizado trimestralmente um debate sobre causas caras à Amnistia como a mutilação genital, no mesmo auditório. Já nesta linha de pensamento os membros e activistas deste núcleo, no passado dia 14 de Outubro, trouxeram à Faculdade de Direito do Porto a voz sofrida de Joaquin Martinez, quatro anos, retido no corredor da morte. Ele relatou a sua experiência e emocionado falou de como é ver ao fundo do túnel a pena capital e brilhando sobre si a inocência ofuscada por um sistema injusto. Uma pena que desrespeita o artigo III da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Trazer um testemunho real às pessoas tornou-se mais importante do que ouvir os outros a contar a história de alguém. O salão nobre da FDUP ficou com a lágrima ao canto do olho e o coração sensibilizado para a injusta aplicação da pena capital em estados desenvolvidos como EUA. Podemos dizer que o objectivo foi cumprido, todos quantos quiseram, puderam ouvi-lo e criar o seu próprio juízo pró-Amnistia Internacional. Promoveremos mais momentos destes trazendo mais testemunhos ao Porto no âmbito de outras áreas dos Direitos Humanos.
Por último resta-me falar de mais um evento que surge da colaboração entre o núcleo de Paranhos, a Sociedade de Debates da FDUP, a AEFDUP e a IFJ (Iuris FDUP Junior) que se realizará no dia 2 de Dezembro na sala 101 da FDUP: uma simulação da Assembleia Geral da ONU onde os vários países discutirão a sua posição face à Pena de Morte. O objectivo é mais uma vez demonstrar às pessoas o estado dos países face à pena capital, que argumentos têm contra e a favor, e no final perceberem que realmente não há argumentos para tamanho atentado à vida humana. Diria eu “ É tanto criminoso quem manda legalmente matar quem ilegalmente matou”. Dito isto culmino dizendo que como activista deste grupo e falando em nome dos meus colegas estaremos unidos no cumprimento da citação primeira deste texto porque nada no mundo tem mais valor que a integridade da individualidade humana na sua relação com outros e com o mundo. De valorizar todas as acções interventivas socialmente na Defesa da Declaração dos Direitos de cada um de nós!

demokratie

por Manuel Marques Pinto de Rezende

Ich habe gar nichts gegen die Menge;
Doch kommt sie einmal ins Gedränge,
So ruft sie, um den Teufel zu bannen,
Gewiss die Schelme, die Tyrannen.

Goethe

(tradução minha, com falhas, visando somente manter a sonoridade do poema)

Nada tenho contra as Massas;
Mas quando há problemas,
Para se protegerem do demónio,
Chamam a si a Escumalha, os Tiranos.

Toxicodependência--» fenómeno de responsabilidade social

por Anónimo em sábado, 24 de outubro de 2009

"A minha família nunca desistiu de mim, eu é que desisti sempre deles", Joaquim Fonseca ( nome fictício)

Esta foi uma das frases que mais me marcaram e mais me chocaram nesta minha curta experiência terrena por de modo sucinto e forte descrever um mundo tão complexo como o da Droga.

Este testemunho à semelhança do de Joaquin Martinez é daqueles testemunhos em que as lágrimas banham os nossos olhos e fazem cair teimosamente na nossa face de incredulidade e inconsciência.

Sexta-feira passada no âmbito da cadeira de Métodos Qualitativos, Criminologia, eu e dois colegas dirigimo-nos à Quinta do Sol onde está instalada uma pequena comunidade terapeutica para a reabilitação de toxicodependentes e alcoolicos (ART) e fizemos uma entrevista ao director da comunidade bem como a um toxicodependente em reabilitação! ( Por motivos profissionais só mais tarde poderei revelar excertos da entrevista e o modo de funcionamento da instituição neste blogue).

Por agora ficarão algumas considerações e reflexões, um misto de artigo de opinião e crítica!

Para mim a frase inicial resume de modo fantástico todos os sentimentos mais tristes que a dependência de substancias traz à vida de uma pessoa. Nela estão inscritos uma panóplia de sentimentos, receios, medos, remorsos, uma luta entre o Amor e a Droga onde inexplicavelmente a segunda saiu vencedora sobre a primeira durante anos da vida destes actores sociais.

Penso agora no quanto o assunto da toxicodependência está banalizado... O quanto as pessoas "convencionais" conseguem ser egoistas ao ponto de através de um processo de etiquetagem voraz marginalizarem fortemente estas pessoas que não passam de Seres Psiquicamente Doentes tal como seriam os esquizoides, psicoses, neuroses, depressões, entre outros.

Como é que nós Seres Humanos fomos capazes de nos conformarmos com o fenómeno Toxicodependência e o arrumámos numa gaveta para não termos de assinar o termo de responsabilidade social ( que Garófalo já aplicava noutro contexto distinto mas relativamente e somente face ao fenómeno crime e perigosidade. Garófalo considerava os sujeitos como sendo determinados psicologicamente ao cometimento de crimes e como tal eles seriam incapazes de culpa, seriam ser inadaptados socialmente tendo a sociedade de se responsabilizar por eles e neutralizá-los.)

Ora a Toxicodependência é também um fenómeno alvo de responsabilização social mas aqui o nosso papel não é neutralizá-los, irresponsabilizá-los, etiquetá-los, marginalizá-los, olhá-los como desviantes, delinquentes ao mesmo criminosos, Não, o nosso papel é conhecê-los. Criminólogos, socioólogos, psicólogos já o fazem através de métodos qualitativos (de ressalvar grandes correntes como a da Escola de Chicago e Interaccionismo Simbólico) mas não cabe só a nós este papel.

A sociedade mente quando diz conhecer estes actores sociais, Mente descaradamente porque não conhece, nunca acedeu verdadeiramente aos seus significados, nunca os ajudou verdadeiramente, É uma calamidade pública deixarmos países enriquecerem, políticos nadarem em dinheiro, quando estes desgraçados estragam cada vez mais a sua Vida e passam a sobreviver solitariamente num mundo em que o epicentro é a droga e nada mais, NADA MAIS importa...

Faço um Alerta a todos, dispam as gravatas, dispam os formalismos, a cara afiada, Dispam os preconceitos, as etiquetas, Dispam-se e abram a mente ao problema que realmente está à nossa frente, o trabalho não tem que ser só nosso, A sociedade está já tão poluída, tão mecanizada, tão politizada, tão formalizada que todos já saem da realidade, do materialmente acontecido e vivem o seu mundo que não existe, o mundo não é Civilizado, não é humano... Mais parecemos animais egoistas, uns mais domesticados que outros em que Eu estou correcta e os outros a escória... Os toxicodependentes precisam de nós, precisam pelo menos que os conheçámos!!!!!!!!!!

aceitamos o amável convite para uma "honest co-operation" com o Mr. Yi Kwan?

por Francisco em sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Hello Friend,

I am Mr.Yi Kwan, supervisor on investment in Standard Chartered Bank,Hong Kong.; I have a
sensitive, confidential brief from Hong Kong and I am asking for your partnership in re-
profiling funds ($18,500,000.00 USD).

What I require from you is your honest co-operation and I guarantee that this will be
executed under a legitimate arrangement that will protect you and I from any breach of
the law. Please accept my apologies, keep my confidence and disregard this email if you
do not appreciate this proposition I have offered you.

All confirmable documents to back up this fund shall be made available to you, as soon as
I receive your reply via: mryikwan09@yahoo.com

I shall let you know what is required of you.

Regards from,
Yi Kwan

Amanhã há cinema!

por Guilherme Silva em quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Aparece e traz uma garota contigo.

Fora de horas

por TR

Escrever fora de horas é qualquer coisa como escrever fora do nosso tempo habitual de escrita. Para a globalidade das pessoas será, penso eu, de madrugada. Aqui no tribuna, em que cada um tem o seu cantinho num dia, escrever fora de horas é saltar o dia da própria escrita. Isto é, o que faço agora.
Porquê? Porque recebi um email que, felizmente, continha um texto de altíssimo nível, apelidado de "Hombres sin alma". Como - parece-me - textos assim não são fáceis de encontrar, decidi-me a publicá-lo aqui no tribuna. Como me parece, ainda (e já o disse), que o texto é muito bom, decidi retirar todos os obstáculos à sua leitura e publicá-lo aqui integralmente, deixando mais do que o link. Concorde-se ou não, parece-me, acima de tudo, um texto extremamente lúcido (já agora, só não gostei do título "Hombres sin alma"). (http://xlsemanal.finanzas.com/web/firma.php?id_edicion=4607&id_firma=9812)
HOMBRES SIN ALMA
¿Quién no ha probado a comparar la época que le ha tocado vivir con una época anterior? Establecer paralelismos ha sido uno de los ejercicios más socorridos del historiador, que en la semejanza entre dos épocas halla motivos para el fatalismo o la esperanza; y en la repetición de los errores del pasado, una advertencia para los hombres venideros. Sin necesidad de aceptar la teoría del eterno retorno, parece evidente que la historia humana tiende a repetirse cíclicamente; no tanto en sus avatares concretos como en lo que podríamos denominar el `clima cultural´ que los favorece. Sin embargo, existe un factor que distingue nuestra época de cualquier otra época anterior; un factor tan gigantesco que suele pasar inadvertido.
Muchas veces he leído comparaciones entre la época presente y diversas épocas pretéritas: quienes se hallan satisfechos en la época que nos ha tocado vivir la comparan con épocas pasadas de esplendor; quienes se hallan a disgusto, con épocas de decadencia. Pero satisfechos y disgustados suelen pasar por alto el hecho más significativo de nuestro tiempo: nunca el tejido de los vínculos humanos (los vínculos de la tradición que facilitan la transmisión de afectos y conocimientos entre generaciones, los vínculos comunitarios que nos protegen frente a agresiones externas) estuvieron tan deteriorados; y nunca existió un tejido de `hipervínculos´ ideológicos y propagandísticos tan robusto y avasallador. Por supuesto, tales \''hipervínculos\'' han existido en otras épocas históricas; pero, o bien eran defectuosos y rudimentarios, o bien su perfeccionamiento era directamente proporcional a su carácter ceñudo, impositivo, inequívocamente represor; y en uno y otro caso, los vínculos humanos podían desarrollarse, bien ocupando los espacios vacíos, bien actuando como contrapeso de los `hipervínculos´. El edicto de un emperador romano podía imponer, por ejemplo, una religión oficial; pero quienes se encargaban de ejecutarlo no podían evitar que, allá en las catacumbas de la conciencia, muchos ciudadanos romanos profesasen una fe distinta a la oficial; pues los `hipervínculos´ que el emperador trataba de imponer eran mucho más débiles que los vínculos humanos. Stalin podía imponer, mediante una formidable máquina policial, la adhesión unánime al comunismo; pero frente a la imposición oficial represora actuaba como contrapeso la supervivencia de los vínculos humanos, de tal modo que tal adhesión –fingida– no llegaba a penetrar la conciencia; o, si lo hacía, era a través de la violencia, de tal modo que esos `hipervínculos´ artificiosos eran percibidos como una fuerza destructiva y, por lo tanto, indeseable.
En nuestra época, los `hipervínculos´ actúan directamente sobre la conciencia, sin violencia ni imposición, como una lluvia menuda que todo lo impregna, mediante estrategias propagandísticas mucho más eficaces –mucho más avanzadas tecnológicamente– que la mera persecución policial. Para lograr tal violación incruenta de las conciencias se ha completado previamente la disolución de los vínculos humanos que nos protegían de agresiones externas: se ha anulado el sentimiento de pertenencia; se ha devastado ese tejido celular básico de la sociedad donde florecían las adhesiones fuertes y duraderas; se han exaltado las luchas entre sexos, los conflictos generacionales, los rifirrafes ideológicos, hasta dejar las conciencias a la intemperie, siempre con la coartada de una más exigente «búsqueda de libertad». Y como la necesidad de entablar vínculos es constitutiva de la naturaleza humana, esos hombres que han convertido la sociedad humana natural (llámese `familia´, `clan´ o `comunidad religiosa´) en un campo de Agramante o torre de Babel, esos hombres a la greña necesitan encontrar un refugio que los proteja y les espante la zozobra, la sensación de soledad profunda e irremisible. Así, huyendo de la intemperie, entregan gozosos su conciencia a los `hipervínculos´ establecidos desde el poder: comulgan con las ruedas de molino de la ideología triunfante, se adhieren fervorosamente a las consignas establecidas por la propaganda (que ya no perciben como imposiciones, sino como benéficas reglas de supervivencia), rinden en fin su alma desvinculada a la trituradora que los recibe con una sonrisa hospitalaria. Esta nueva forma de esclavitud –universal y gozosa– es el factor más significativo de nuestra época; y lo que la distingue de cualquier otra época pretérita.
Juan Manuel de Prada
P.S. Fez.me lembrar Ortega y Gasset

20 anos

por Luísa em terça-feira, 20 de outubro de 2009

A queda
A surpresa

Um fim e um inicio. Um inicio sem fim.
Liberdade. A tão presada liberdade.
É TEMPO. É HORA.
É a derrota com grande vitória
É o sabor da vida de volta...

E hoje (já) ainda se vendem na Alemanha pedacinhos do muro. A História tornada em estória. O história tornada comércio. E tantas histórias bonitas e tantas por contar...

O semáforo de Potsdamer Platz marca com o vermelho o fim da tristeza. Com o amarelo o inicio da vitória. Com verde a liberdade para construir o futuro...

bop bop bop

por Francisco

Poucas bandas me terão arrebatado à primeira como os Duran Duran fizeram. O primeiro escutar e uma imediata atracção. A busca pelas palavras e a segunda atracção. Um disco ouvido do princípio ao fim e o êxtase.
Assim foi com o álbum de nome homónimo, de 1981.

Planet Earth


"Only came outside to watch the nightfall with the rain
I heard you making patterns rhyme
Like some new romantic looking for the tv sound
Youll see Im right some other time

Look now, look all around, theres no sign of life
Voices, another sound, can you hear me now?
This is planet earth youre looking at planet earth
Bop bop bop bop bop bop bop bop this is planet earth

My head is stuck on something precious
Let me know if youre coming down to land
Is there anybody out there trying to get through?
My eyes are so cloudy I cant see you

Look now, look all around, theres no sign of life
Voices, another sound, can you hear me now?
This is planet earth youre looking at planet earth

Bop bop bop bop bop bop bop bop this is planet earth

Bop bop bop bop bop bop bop bop calling planet earth

Bop bop bop bop bop bop bop bop looking at planet earth

Bop bop bop bop bop bop bop bop this is planet earth"


nota: De certa forma, fico um pouco aborrecido por um fogacho como é este post - e que faz tão bem jus ao epíteto da minha coluna - sobrepor-se na figuração da página do blog à reflexão do Tiago, que, justamente, mereceria maior destaque. Mas circunstâncias logísticas assim o implicam. Ou, como diria o próprio Tiago: "vicissitudes, meu amigo". :)

# 33 às terças

por TR

O TEMPO E AS COISAS. 1
Há pouco mais de um ano, disse-me um amigo meu, na escadaria da FDUP:
"o pior dos livros é isso... esquecê-los".
.
Falava dos livros. Dos livros, não dos autores, recheados de inocência. Fazem-nos - há sempre obras ímpares e tomar-se-á a parte pelo todo - flutuar, abrem brechas no nosso mundo por onde mais conseguimos ver, e estão sempre pronto a ser abertos para que os descubramos. E, ainda assim, esses livros que - apenas por momentos, sabe-se lá - nos revolucionam o mundo estão condenados ao esquecimento, aí a partir do momento em que acabamos de os ler, mesmo que nenhuma culpa tenham.
.
Já outros chegaram a esta primeira asserção sobre o Tempo: só o que se renova vive. Não o que é bom, não o que é mau: só aquilo que se renova.
.
A realidade chega-nos pelos sentidos, pelos quais formulamos juízos. Cada conjunto de sentidos ancora-se num dado tempo e lugar, reflecte a realidade em ideia, numa palavra, em duas, em três, e a ideia pode perdurar. Se se renovar, persiste. Se dela me lembrar diariamente, a ideia viverá, vencerá o esquecimento. Se a partilhar, se aquele com quem partilhar a renovar mais uma vez, a ideia persiste. Só o que se renova vive, esta a primeira asserção.
.
Não assim com os sentidos. Algumas fotografias: um casal, uma paisagem com montanhas a recortar o horizonte, o mar, o imenso mar, um sol de fim de tarde, por mais que se olhe não se renova a alegria, a tristeza daquela hora, a profundidade do horizonte, a cor do pôr do sol.
Na hora em que se vê a foto, nasce uma nova sensação. Nostalgia? Talvez, ou qualquer outra coisa. Faz-se um novo juízo sobre aquele tempo, por ter perdurado a ideia de que aquele tempo era "bom" ou "mau".
.
Segunda asserção sobre o Tempo: Os sentidos datados de cada instante não se renovam.
.
E assim se depara com a crueza do Tempo, a crueza do passado, do ontem, que caminha sempre no sentido do esquecimento. O passado recebe um rótulo da razão e só assim persistirá. Recordo o que dizia o meu amigo, que o pior do livro é esquecê-los. Do livro falado então, já pouco mais sei que gostei, as quatro palavras do título e os três nomes do autor. O que esquecemos, o que lentamente vamos esquecendo, é o prazer que retiramos das páginas: não só as personagens, a história, mas principalmente o que fomos sentindo. Ficam só o rótulos de que a razão tanto gosta: "naquela altura apeteceu-me mudar o mundo". Mas já não tendo vontade de o mudar.
.
Qualquer sensação nasce para morrer. O que muito custa.

essência e condição

por henrique guerra maio em segunda-feira, 19 de outubro de 2009

I

“Põe a gramática em prática,

Didáctica, dramaticamente citando técnicas

Poéticas com estéticas

Fonéticas sempre atento ou surpreendente

Com métricas à frente, p’a mentes cépticas e exigentes”

Sam the kid

Sou guardião da palavra, da pedra e de meu Império. Assim, pedra a pedra, palavra a palavra, ergo meu Império.

Vaidade e modéstia se misturam enquanto esculpo meu próprio discurso. Cepticismo leva-me as idiossincrasias fazendo-me encontrar a soma das partes. O Homem no seu todo é um Império imperfeito. Nunca vi um só Homem que através de certa palavra conseguisse expressar exactamente o significado que ela mesma lhe trás a seus olhos. E eis aqui toda a problemática de uma linguagem que sempre se quis universal. Confunde-se sensação e razão e, mesmo assim, sabendo tal, ergue-se um discurso sempre, mas sempre nebuloso. A palavra constrói-se ao longo do Tempo e, assim, a mesma palavra é repositório de épocas, do ritual e do costume. Porém, estranha-se quando certa palavra em certo momento é usada com o seu sentido já esquecido nas almas dos homens, estranha-se a habilidade e a novidade (que em verdade nunca foi novidade, mas sim renascimento).

Um estilo não é mais que resultado do processo criativo de um homem que nunca se lembrou das leis da razão enquanto erguia sua própria eloquência.*

*("O génio por muito que saiba, quando entregue à sua criação, é inconsciente como o cedro", Ruy Belo)

A razão não habita pelos caminhos da criação, pois se a palavra tem que se deformar em certa altura, a razão logo castraria tal processo que, mais tarde, levaria a um harmonioso renascimento. O desconforto surge pela novidade e esta é a minha confissão. Todo o Homem pensa sua linguagem e semeia com ou mais cuidado, porém não se ceguem pela razão e pelo estudo da palavra, uma boa colheita advém sempre do coração do homem que, em certa altura, decide inverter o curso do rio, fazendo nascer a admiração, criando e exaltando seus deuses.

Um estilo não é um qualquer cárcere da criação. Cria teu estilo, com mais ou menos modéstia e, mesmo não agradando a todos, alimenta-o para que cresça. A crítica à tua Obra virá certamente, mas a crítica não destrói o criador, apenas é resultado da contemplação da Obra. Se a tua obra é contemplada, então, meus caros, a criação de um estilo “Novo”, de palavras com novos significados, foi a semente que lutou para medrar. E conseguiu crescer, destruindo as estruturas lógicas outrora definidas. Porque lógica, tu, caro homem, não poderás brincar com a palavra?

Dá-me a sístole e eu, como reflexo, dar-te-ei a diástole.

Logo ao longe nasce a contestação o discurso não é universal. Mas, se seu criador ao fazer preces para que seu discurso nascesse nunca procurou outra coisa a não ser seu crescimento porque razão seu discurso teria que ser universal? Porque razão, todo e qualquer homem, perceberia a semente que está por detrás de certa palavra usada por certo homem em particular? Ah, desenganem-se, não é falha do criador, não é arrogância ou superioridade do mesmo, é apenas respeito à ideia que o fez criar. Se o julgam caem no ridículo e obrigam esse mesmo homem a apegar-se às cordas da Lógica para poder trepar até ao cimo da montanha. Que a linguagem traz entendimento e diálogo entre homens é algo de verdadeiro, não nos podemos esquecer nunca que ela também traz a confusão e a diferença. Tentar subtrair esta característica àquela é mera quimera.

Reparai, eu fundo a concórdia e a confusão. Faço com que elas unam as mãos! Porém, admiro a confusão, oportunidade única para vencer a inércia e arrebitar o homem há muito encarquilhado em suas estruturas.

Em mim, entabulando meu discurso, apenas desenho uma conclusão: jamais irei procurar a Verdade, ela não me interessa; por outro lado, nunca cairei no erro de abraçar a Lógica; ainda, em mim não habita qualquer ânimo para exaltar a Razão. Critiquem minhas palavras, em mim, uma divindade: a sensação. Único discurso capaz de enaltecer nossa condição. Mas tudo são vazias palavras se não as souber decorar. E eis que fundo o laço que me une aos homens: o coração. Minha palavra renasce cada vez que me encontro diante de uma folha branca, minhas mãos procuram moldar a argila. A cada dia, a mesma palavra encontra novo significado, até ser reduzida à sua essência e, assim, apelando ao sacrifício, descobrirei com o tempo que a essência da palavra é reflexo do laço que nos une.

"Consistência,integridade,longevidade na essência"

Sam the kid


Invitation

por Manuel Marques Pinto de Rezende em domingo, 18 de outubro de 2009

É com particular agrado que apresentamos o Forum Política e Sociedade (FPS), novo projecto que contribuirá para a diversificada oferta cultural da Faculdade de Direito da Universidade do Porto (FDUP). O Forum Política e Sociedade surge da necessidade de colmatar uma lacuna da FDUP – a ausência de uma proposta que junte professores e alunos, exposições e diálogo, dando especial enfoque ao diálogo, o encurtar de distância entre docente e aluno.
Como tal, os encontros do FPS serão marcados pela informalidade, pela liberdade de criticar, questionar e discordar – sempre num tom elevado, livre de falácias e ideologias políticas, como veicula a Carta de Princípios e consideramos correcto no seio do ambiente académico.
Não ignoramos que o projecto a que nos propomos só será possível com a ajuda dos professores (que, em boa verdade, têm sido extremamente receptivos e voluntariosos) e a aceitação dos alunos (que deverão enfrentar o receio de discutir, contestar, enfim, expressar as suas opiniões em público).
O FPS encontra-se constituído no seio da AEFDUP – aprovado por unanimidade na última RGA.
A primeira sessão do Forum, em Novembro (data a confirmar), subordina-se ao tema “A Segurança Pública Além da Agenda Política”. O mote “segurança pública” é, por demais, vasto, assim sendo, os temas a abordar serão: as leis penais, direitos fundamentais do recluso, novas tendências do Direito Penal e a criminalidade em Portugal.
Neste momento, encontra-se confirmada a presença do Professor André Lamas Leite (docente das cadeiras de Direito Penal I, II, e II na FDUP), como orador – a quem agradecemos a amável disponibilidade. Encontramo-nos em contacto com mais dois intervenientes que, a breve trecho, serão anunciados.
Por fim, resta-nos garantir que serão regularmente disponibilizados, neste blogue, conteúdos formativos (estatísticas, noticias, textos de opinião), de forma a estimular o interesse de todos os alunos – que convidamos a participarem activamente.


A Organização do Forum Política e Sociedade:
Joana Tinoco Pereira
Manuel Pinto de Rezende
Nuno Temudo Vieira
Pedro Jacob Morais
Rui Jorge Veríssimo

O povo português do Lobo Antunes

por Sara Morgado

Há poucos escritores como o António Lobo Antunes.
Quando se lê o Manual dos Inquisidores, parece que alguma coisa pesada cai sobre nós, de tão completo, tão pormenorizado e tão real. Para o melhor e para o pior, real. Daquelas coisas que é preciso viver muitos anos para poder escrever assim, ter aqueles saberes que só a vida dá e que poucos os sabem escrever. É aquela estranha sensação de ler e pensar que é aquilo mesmo, que se eu soubesse, escreveria exactamente assim.
Ainda não conheci nenhum outro escritor português que escrevesse sobre o povo bem português como Lobo Antunes. Parece que vai buscar todos os pequenos pormenores que estão guardados nos nossos cérebros, nas fotografias da nossa infância, no que ouvimos dos antigos, nos livros de História. É conseguir juntar isso tudo e, surpreendentemente, sair ainda melhor.
E depois a forma de escrita com a velocidade real dos diálogos e dos contadores de histórias.

Os nossos vizinhos

por D. em sábado, 17 de outubro de 2009

Quando mudámos de casa, existe sempre a possibilidade de voltarmos a ver os nossos antigos vizinhos, mas nunca imaginámos que seria desta forma!

Musicas da minha infância

por Duarte Canotilho em sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Estas duas eram musicas que eu quando era pequeno, mesmo muito pequeno tipo 3/4 anos, o meu pai punha a tocar no leitor de cassetes do carro :)
Ele dizia que quando eu era bebé também gostava muito delas porque ele também punha a tocar nessa altura.... (Mas não me lembro lool)

A parte engraçada é que só passados quase 17 anos do meu nascimento é que eu descobri a primeira, e só 19 anos depois é que descobri a segunda, e a verdade é que sempre que as ouço sinto como que um tremer dentro de mim, e um snetimento de nostalgia mutio engraçado :P

Kraftwerk Trans European express



Blade Runner End titles by vangelis

apartment story

por Manuel Marques Pinto de Rezende



The National

A grande esperança

por Frederico de Sousa Lemos em quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Faz hoje 45 anos que foi atribuído o Prémio Nobel da Paz a Martin Luther King, como reconhecimento pela sua luta em prol dos direitos humanos, especialmente contra o preconceito racial nos EUA.
Este ano o galardão foi atribuído a Barack Obama, muito provavelmente como um incentivo e uma esperança na concretização das acções globais que o Presidente dos EUA iniciou (e com efeitos práticos ainda não muito visíveis). O mais prudente teria sido aguardar pela concretização das intenções de Obama, no combate às alterações climáticas, na luta contra a pobreza extrema, no desarmamento nuclear, no respeito pelos Direitos Humanos...

A decisão do Comité parece precipitada... Esperemos que as (cada vez mais altas) expectativas criadas em relação a Obama não saiam defraudadas. É esse o meu desejo.

sensation

por Manuel Marques Pinto de Rezende em domingo, 11 de outubro de 2009

Par les soirs bleus d'été, j'irai dans les sentiers,
Picoté par les blés, fouler l'herbe menue :
Rêveur, j'en sentirai la fraîcheur à mes pieds.
Je laisserai le vent baigner ma tête nue.

Je ne parlerai pas, je ne penserai rien,
Mais l'amour infini me montera dans l'âme ;
Et j'irai loin, bien loin, comme un bohémien,
Par la Nature, heureux- comme avec une femme.

Arthur Rimbaud

Top mais

por D. em sábado, 10 de outubro de 2009

Hoje enquanto acabava o meu almoço fui premiada por uma edição deste já tão mítico programa musical do canal público de televisão. Desta vez o grande destaque ia para os Amália Hoje, dos quais ouvi pela primeira vez falar em tom de sátira num dos programas dos Contemporâneos. Percebi que não seria a primeira vez que o top mais dedicava um programa a essa nova banda que reúne músicos portugueses que dão nova voz a canções de Amália.
Provavelmente sou eu que tenho um grande preconceito, mas quer-me parecer que não passa de um projecto que decidiu ganhar uns trocos à custa da Amália, aproveitando ao mesmo tempo para projectar as bandas a que cada um pertence. Quanto ao sucesso que os rodeia, permito não tecer considerações sobre esse aspecto.

O fim da campanha.

por Duarte Canotilho em sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Ao fim de 2 semanas de campanha olho para trás e penso, terei feito tudo o que podia?

-Distribuimos panfletos em arruadas no meio de velhinhos a escorracarem-nos de lá.
-Passamos tardes inteiras a meter panfletos nas caixas de correio
-Estivemos horas a colar os cartazes nas placas de madeira e platex dentro de uma sede
-Penduramos cartazes com arames, mesmo debaixo de chuva
-Entramos em bairros sociais onde os populares olhavam com ar ameaçador e mandavam, todos os que não eram da comitiva do valentim, insultos a torto e a direito.
-Galgamos Gondomar inteira, desde s.cosme à remota localidade da LOMBA :P
-Andamos no meio de um pântano infestado de mosquitos com o Francisco Louçã, só para mostrar a poluição dos rios.
-EStivemos horas a dobrar panfletos para depois serem postos nas caixas dos correios
-Andamos de Bombos e gaitas de foles (eu só tocava Caixa) pelas feiras a ouvir a famosa frase " e uma canetinha? ou uma bandeira... ou então uma camisola"

Olhando para trás, até acho que não foi mau de todo e ainda bem que participei na campanha, algo que me deu muito gozo, mas também muito cansaço. Hoje já não se faz mais nada. Acabou! Agora domingo é ir votar e ver se a campanha resultou e conseguimos eleger um vereado.

Domingo é que vai ser :)

Desabafo

por Luísa em quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Após mais de duas horas a assistir a um programa que pretendia esclarecer os portuenses sobre as propostas à Câmara do Porto, devo confessar que me sinto vencida.
Vencida porque, para variar, não ouvi o que queria ser discutido, mas sim muitos insultos disfarçados e ataques que não levam o debate a bom porto.
Sinto-me cansada, pois continuo a acreditar que a politica vai mudar...

Precisamos de mais pessoas a esmiuçar...

Pequeno Parêntesis: Amanhã não percam o Gato Fedorento. É imperativo ver o "nosso" Bastonário... quem sabe ele não nos indica alguns caminhos a seguir na reportagem...

Pena de Morte: Testemunho de um inocente

por Ricardo Mesquita

A ELSA FDUP e a Amnistia Internacional têm o prazer de apresentar:

Oficinas do Pensável # 6

por Ricardo Mesquita

Apareçam!

Dá-me uma caneta e eu voto em ti

por Frederico de Sousa Lemos em quarta-feira, 7 de outubro de 2009

A dois dias do fim da campanha eleitoral para as Autárquicas tento fazer um balanço, e penso que muito do que se faz na ânsia de cativar votos anda perto do ridículo. Enquanto cidadão eleitor, eu nunca decidiria votar num certo candidato por ele me ter oferecido uma esferográfica. Ou um porta-moedas. Ou uma camisola. Ou um boné. Ou um qualquer outro brinde dos muitos que povoam estas campanhas. E nunca colocaria de parte a hipótese de dar o meu voto a um determinado partido pelo facto de ele não ter qualquer material de propaganda para me oferecer. As canetas podem ser muito úteis, mas têm o poder de decidir votos?


Atrevo-me a dizer que nenhuma caneta oferecida num mercado decide o sentido de voto dos caríssimos leitores deste blogue. Mas então porque é que insistem em tanto desperdício em materiais deste género? Nunca tinha percebido até ao momento em que passei a ser um dos distribuidores-de-propaganda-em-acções-de-campanha, enquanto militante de um partido político: há mesmo pessoas que dão valor aos brindes que os partidos lhes oferecem! Há mesmo pessoas que reagem mal quando não tenho brindes para dar (porque já esgotaram)! Pessoas que dizem não têm camisolas, então já não voto em vocês quando não ficam satisfeitas com a simples esferográfica que lhes ofereço!


E todo este estilo (que em nada contribui para me esclarecer, enquanto eleitor, quanto às virtudes dos candidatos e dos seus projectos) continuará até que todos os partidos decidam parar com este desperdício. Quando ninguém oferecer canetas, ninguém decidirá votar no partido que ofereceu as melhores canetas!

Parece simples…

PS: Confesso ser um coleccionador de brindes de campanhas eleitorais. Guardo religiosamente todos os materiais de propaganda que me ofereçam, de qualquer partido. É uma mania que eu tenho, e que teria de acabar (não sem alguma tristeza) se os brindes desaparecessem das campanhas.

Paz&Espada

por Manuel Marques Pinto de Rezende em terça-feira, 6 de outubro de 2009

Fogachos da História - Contribuições para um estudo sério da história social e política portugueza

Rui Ramos, historiador,

Nesse sentido, o processo de republicanização não foi obra da revolução de 1910 mas da chamada "revolução liberal" da primeira metade do séc. XIX: foram os liberais que reduziram o rei a um chefe de Estado com poderes definidos por uma constituição e que estabeleceram em Portugal o princípio do Estado de Direito e as instituições e cultura da cidadania.
Na prática, os liberais fizeram da monarquia constitucional o que eles referiam como "uma república com um rei", isto é, uma comunidade de cidadãos livres com um chefe de Estado dinástico. A Câmara dos Pares estava aberta a todos os que satisfizessem requisitos legais que nada tinham a ver com o nascimento. A Igreja ainda era oficial (como, aliás, nas repúblicas desse tempo) mas havia liberdade de consciência e estava previsto o registo civil.
Nesse sentido, se as comemorações de 2010 visam celebrar o fim da monarquia constitucional, governada pelos liberais, estaremos então perante uma festa reaccionária para vitoriar o fim de um regime que trouxe as instituições do Estado moderno, a extinção das ordens religiosas, o Código Civil e o maior eleitorado, em termos proporcionais, antes de 1975?
Em 1910, é verdade, a monarquia constitucional estava em grandes apuros. Tinha uma classe política desacreditada e incapaz de assegurar bom governo e o jovem rei D. Manuel II era atacado por quase toda a gente, da direita e da esquerda. O Partido Republicano Português, um movimento sobretudo lisboeta, conseguira criar um sério problema de ordem pública que a monarquia constitucional nunca poderia ter resolvido sem se negar a si própria, tornando-se num regime repressivo, o que a sua classe política não podia aceitar. Quando o PRP resolveu tentar a sua sorte, em Outubro de 1910, subvertendo a guarnição de Lisboa, quase ninguém apareceu para defender o regime.
Tudo isto é verdade. Mas se o objectivo é celebrar a morte de sistemas políticos apodrecidos, ignorando o que se lhe seguiu, não deveríamos comemorar também o 28 de Maio de 1926, que pôs fim a um regime desacreditado?

os fogachos

por Francisco

... passaram a ser à terça feira, na companhia de tão ilustre companheiro de redacção.

E hoje, o fogacho é ainda menos do que isso.
É um sonolento crepitar, um novelozinho de luz. Luz pouca, que o espírito não está para mais...
Anseiam-se labaredas. A mansidão desta chama dócil só engana quem não sente o calor rosando o rosto... só engana quem não sabe o quanto queima.
Labaredas, água. Venha uma delas.

# 32 às terças

por TR

Torga escreveu que quando lia num poema seu "madre", traduzindo "mãe", não conseguia rever a mesma palavra.
Mãe.
A palavra aprendida num contexto de três letras, com um m de mansidão a abrir uma sílaba que tudo revela. "Madre", "madre" é muito diferente.
Por mais formas que venha a encontrar, será na minha língua mãe (e não "madre") que encontrarei o significado último de tudo o que penso, nem que em traduções inconscientes. Por mais que aprenda, pensarei em português.
Mas não sei se bastará, se uma pátria é apenas isto.

Pfff!

por Inês P. em segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Confesso, a campanha eleitoral para as autárquicas chateia-me.

Compreendem, eu até sou uma pessoa relativamente tolerante. Por exemplo, quando as forças políticas em campanha espalham bandeiras do partido por tudo o que é sítio, tal como os pavorosos cartazes onde aparece toda a gente que faz parte da lista - dá a ideia que arrebanharam toda a gente que encontraram pelo caminho para estas fazerem pose para um cartaz que fica mais apinhado que a Ribeira no São João - há sempre a possibilidade de fechar os olhos.
Ou então o facto de ter a minha casa cercada por apoiantes de um certo candidato, o que também não me maça por aí além. Numa rua pacatinha como a minha, até contribui para animar a malta. Isso e a propaganda política despejada sem dó nem piedade em caixas do correio desprevenidas. Até é bem-vinda, tenho boas razões para acreditar que muito boa gente a usa como entretenimento nas horas de ócio.
Também não me faz espécie todo o tipo de confronto verbal entre apoiantes de diversas cores políticas. Quando ouço, aqui e além, um ou outro boato ou malta a lavar roupa suja em público, o meu primeiro pensamento é "Desde que não haja muito sangue..." Assim como quando vejo membros da mesma família engalfinhados em discussões infindáveis sobre qual dos candidatos terá ou poderá ter mais obra feita. "Matem-se, mas não se magoem".

Agora o que me deixa mesmo fora de mim é quando às oito e meia de uma manhã de feriado os partidários políticos, na ânsia de alimentar devidamente a freguesia, andam pelas ruas a anunciar através de potentes megafones o comício que terá lugar logo à noite.
É realmente muito triste que nem no dia em que celebramos a Implantação da República a democracia não deixe os cidadãos dormirem em paz.

Sexo divino

por Sara Morgado em domingo, 4 de outubro de 2009

A crónica do Luís Pedro Nunes na Revista Única do Expresso revelou-me algumas notícias curiosas:

- Algumas mulheres afirmam que fazem sexo para estarem mais próximas de Deus.
- A Igreja Católica polaca teve olho para o negócio e criou o Kamasutra Católico.

Mas só para sexo heterossexual, dentro do casamento e sem contraceptivos.

Vinda de terras soviéticas

por Sara Morgado

E ainda por cima judia.
Um azar nunca vem só.
E faz uma música que é um espectáculo.



Regina Spektor - Après Moi

Science 4You

por Inês P.

"Uma empresa portuguesa está a produzir brinquedos que produzem energia, como por exemplo, pequenas turbinas eólicas capazes de carregas pilhas e mini-barragens capazes de acender pequenas lâmpadas.

Nascido há menos de um ano em ambiente académico, a Science 4 You tem uma linha de 12 brinquedos todos virados para a energia e prepara já projectos para tentar entrar no mercado espanhol.

O brinquedo “Energia Eólica”, um moinho de vento em pequena escala à imagem das grandes ventoínhas espalhadas um pouco por todo o Portugal, para montar e que é capaz de carregar pilhas é o brinquedo mais vendido da empresa.

«É um bocadinho mais que um brinquedo. É mesmo um carregador de pilhas. Se uma pessoa tiver uma pilha AA recarregável em casa pode colocá-lo no brinquedo e ela ao final do dia, se estiver numa varanda num dia com algum vento, poderá estar carregada», explicou um dos responsáveis por esta empresa.

Em declarações à TSF, Miguel Martins explicou que este projecto nasceu de uma parceria entre o ISCTE e a Faculdade de Ciências de Lisboa, onde o ISCTE monta as ideias que a Faculdade de Ciências cria.

Com a experiência positiva de vendas em Portugal, que se espera poder atingir os 200 a 250 mil brinquedos vendidos no país em 2009, os criadores desta empresa querem agora chegar ao mercado espanhol, onde, em três meses, a Science 4 You espera uma facturação de 50 mil euros.

Em Portugal, os parceiros desta empresa são a FNAC, o El Corte Inglés e a Toys “R” Us, devendo a FNAC começar a distribuir os brinquedos da Science For You aquando da primeira fase da entrada no mercado espanhol."


In TSF


Uma prova que Maio não é apenas Queima :D

A Gamela o Tacho e a Panela

por Duarte Canotilho em sábado, 3 de outubro de 2009

O assunto da ordem do dia na campanha eleitoral do porto é o facto de Elisa Ferreira ter dito que veio para o Porto porque queria mesmo trabalhar, pois já tinha Gamela em Bruxelas se não viesse trabalhar.

Ainda que tenha toda a consideração pela dr Elisa Ferreira (pois todos somos aliados contra o Rui Rio) Tenho de dizer que este tipo de visão da politica em que os cargos são sitios onde nós Comemos (pois os politicos só estão lá para sacar para o bolso), é uma visão terrivel e bastante desprestigiante da politica.
Ainda assim Elisa Ferreira só tem uma Gamela, o que digamos que é pouco. (Sim porque isto de ser deputado europeu em termos de sacar para o bolso é coisa pouca.) E explicitaremos já o raciocínio.

-Tigela
-Gamela
-Tacho
-Panela

Estes são os 4 níveis de "ajudas" àquele tipo de politica do "sacar para o bolso". (eu diria tacho, mas tacho já é uma categoria.)

Tigela refere-se aos amigos dos autarcas que metem dinheiro da camara para o bolso e estão a mamar a custa da autarquia. (Caso de Gondomar e das suas juntas ou de Gondomar e da sua ex-verba mensal para o BOAVISTA F.C.

Gamela é já um nível do politico comum da assembleia da Republica ou do Parlamento Europeu que vai para esses cargos por influência dos "amigos altos no Partido". (Caso que a própria Elisa Ferreira denunciou)

Tacho refere-se aos ex ministros que vão para as empresas em que o estado já teve golden Share ou ainda tem, e que enriquecem à custa do contribuinte. Ex: Fernando Gomes na GALP)

Panela é um Tacho maior! Refere-se aos ex ministros ou ex secretários de Estado que no Governo dão contrapartidas a empresas privadas, para quando sairem, ir para dirigentes dessas mesmas empresas.
Nestes casos não só enriquecem à custas dos particulares como também do ESTADO. Casos fulcrais são os de Pina Moura que ajudou a Iberdrola, e agora está na direcção portuguesa depois de ter iniciado o processo de liberalização da energia.
Ferreira do Amaral, que negociou a Lusoponte enquanto ministro, e agora renegoceia a lusoponte enquanto dirigente desta mesma.

OU O REI DA PANELA: Jorge Coelho mr mota Engil!! O homem que era ex ministro e de repente fica à frente da MOTA engil e consegue contratos multimilionários com o estado, como é o caso do terminal de contentores de alcantara, em que o estado se obriga a dar LUCROS GARANTIDOS até 2047 no caso de a mota engil não ter o lucro pretendido.

Por isso Elisa Ferreira, realmente o que disseste não é assim tão grave. Ainda és uma novata neste jogo :P

ps: eu sei que ontem era o dia de eu escrever mas não tive oportunidade

Votar em Valongo é uma alegria!

por D.

Claro que a alegria quando se tem a oportunidade de passar por Tino junto com os seus apoiantes dentro do seu TinoMóvel.

O macho latino

por ana claudia

Não pude esconder o riso depois de ler a crónica de Maria Filomena Mónica, na RevistaÚnica do Expresso desta semana. Certamente não foi a melhor reacção, mas ainda não consegui definir o meu sentimento, entre a ridicularidade e o espanto da situação.

Ah! A crónica falava sobre os Machos Latinos, “o nosso lince da Malcata: existem sinais da sua actuação mas já não são o que eram”.

‘Há 20 anos, a magistratura portuguesa veio explicar-nos que o sul de Portugal era “ uma coutada do chamado macho latino”. As duas turistas jugoslavas, que andavam a pedir boleia pela estrada nacional nº 125, estariam a “pedi-las”, ou seja, disponíveis para a foda. A fim de que os leitores fiquem cientes de que não invento, eis um extracto da sentença: “ É impossível que não tenham previsto o risco que corriam; pois aqui, tal como no seu país natal, a atracção pelo sexo oposto é um dado indesmentível e, por vezes, não é fácil dominá-la. Assim, ao meterem-se as duas num automóvel, justamente com dois rapazes, fizeram-no, a nosso ver, conscientes do perigo que corriam, até mesmo por estarem numa zona de turismo internacional, onde abundam as turistas estrangeiras habitualmente com comportamento sexual muito liberal e descontraído do que a maioria das nativas”. Depois de violadas, as raparigas fizeram o que deviam: queixaram-se à Polícia. Do primeiro julgamento, houve recurso. A 18 de Outubro de 1989, O Supremo Tribunal de Justiça dava razão aos juízes algarvios. Bonita sentença!’

15º edição do Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia

por Angelina

Aproveito a minha coluna de Sábado para fazer publicidade a uma das melhores iniciativas que a Camara Municipal da Maia tem mantido ao longo do tempo, sendo um certame já com espaço obrigatório na agenda cultural do distrito.

De facto não é por acaso que os espectáculos esgotam mesmo durante a semana, atraindo imensas pessoas dos arredores (para o qual também contribui a grande divulgação de que finalmente já é alvo)e não só do concelho.
Este festival recebe todos os anos grandes companhias portuguesas como é o caso da do Chapitô (que marcará presença este ano uma vez mais) mas também permite grandes descobertas internacionais ..pelo menos para mim que confesso não estar muito informada nesta área.
Efectivamente a melhor peça de teatro que vi até hoje ( e quem me conheçe pensará " só podia ser peça cómica" ) vi-a pela primeira vez lá (já tive a felicidade de a rever no entretanto), sendo que muitas outras têm um cantinho especial nas minhas memórias.
Posso dizer que já fui bem feliz nos festivais de teatro cómico da Maia (o Malato também seria com certeza) sendo um acontecimento ao qual tento nunca faltar. Para isso contribui também o facto de já ter tido a oportunidade de participar durante 3 anos consecutivos na peça de abertura , o que além de me encher de orgulho também me enche de nostalgia.Para mim uma ida ao festival mais do que umas horas de gargalhadas (quase sempre) garantidas é um olhar de saudade para aquele palco e para a organização.
A edição deste ano decorre outra vez no Fórum da Maia (junto à estação de metro com o mesmo nome), tendo iniciado ontem dia 2 de Outubro ( nao tive oportunidade de cá vir antes divulgar) durando até dia 10 .Todos os dias há 2 animaçoes de rua (uma as 16h e outra as 21h à porta do Fórum), um espectaculo no palco principal invariavelmente as 21h30 (certas) menos no primeiro dia que é as 22h30, e outro no café- teatro com peças mais light que se pautam pela interacçao com o público
Quanto a preços são perfeitamente comportáveis principalmente para o que é, nunca sendo dinheiro mal gasto.Sendo um post cultural não dou mais pormenores neste espaço mas para mais informações fica aqui o cartaz neste sitio:
http://www.cm-maia.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=510&Itemid=6 (sou uma croma nestas coisas nem sei como pôr o link ..mas enfim copiam e colam lá no ceninhas em cima xD)

Tentei encontrar um que tivesse também as sinopses mas este ano não há ..de qualquer modo lá na porta fornecem o programa para a semana toda, vou tentar levar alguns para a faculdade (já atrasados mas antes tarde que nunca..ainda ficam muitas peças para vêr). Os nomes mais sonantes são obviamente ao fim de semana mas as melhores surpresas teatrais para mim têm decorrido durante a semana.

Bom fim de semana prolongado para todos :)