Amor

por ana claudia em sexta-feira, 15 de maio de 2009

Finalmente chego a casa. Parece que sempre me encontro quando cá chego. O cheiro tão familiar. O rosnar da minha gata que deliciosamente procura o meu aconchego semanal. Tudo sempre no seu lugar por tantos anos. A eternidade de cada coisa, que não sente o tempo passar. Eu e a minha solidão.

A agulha alinhada desenha os sons que enchem a sala. A minha droga e ressaca diárias. O deleite do meu corpo e da minha alma.

A raridade de momentos assim. Onde nos bastamos a nós próprios, sem os bombardeamentos coloquiais de frases feitas e os sorrisos forçados a que nos obrigamos.

O amor. A voz que já conhecia antes de conhecer o mundo. A segurança de um encontro esperado todas as noites por via telecomunicada. O sorriso e olhar cansados, a ternura do abraço. Ela chegou!

E como se já nada me pudesse fazer mal. Sento-me a seu lado. Sinto que nada mais importa. O seu amor é tão grande que caibo dentro dela. O meu amor por ela é tão grande que nada serve para escreve-lo.

Disse-lhe que tinha saudades. Pedi-lhe uma beijo. Disse que a amava. Sorriu e com o coração respondeu ( daquela forma que só quem ama conhece).

2 comentários

Almas gémeas, "Elas". Não se explica, por mais que se tente, sente-se, sabe-se. É o aconchego de um olhar quente que nos enche o espírito e o coração e nos dá alento... É saber que estão ali, caladas, mas o coração está colado ao nosso e o ouvido á nossa boca, para nos escutarem, ouvirem, ajudarem... É o sentimento recírpoco que não se explica, existe, desde sempre e para sempre. Não é um amor qualquer, é um amor sufocante que nos aperta e enche o coração. "Ela", minha alma gémea, meu ombro amigo e meu colo eterno...

by GSB on 15 de maio de 2009 às 00:52. #

Tão bonito :)

by Inês on 15 de maio de 2009 às 10:46. #