E depois de levar por uma última vez os lábios ao café, e cerrado já o meu último sorriso, disse-lhe em minutos o que em anos não conseguira.
Ela já o sabia, apenas não o escutara ainda.
Paguei os dois cafés e saí.
Pois, eu sei. Não sou um traste.
O caminho para casa foi mais calmo. Mais silencioso.
As velhas no autocarro já não pareciam rir-se de mim. De nós.
Pois, não sou um traste.
O quarto agora parece-me mais quente. Já não ouço os relógios trabalhar.
Sento-me na cama, desenlaço a minha melhor gravata. Volto a respirar.
Não, não sou um traste. Mas tento.
- 2 comentários • Category: O Pretensioso.
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2 comentários
cool
by Manuel Marques Pinto de Rezende on 31 de março de 2009 às 11:20. #
Keep trying :p
by Inês on 1 de abril de 2009 às 10:56. #
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