Hoje fui ao final da tarde sair com os meus pais. Ia no banco de trás e pedi para ligar o meu mp3 no rádio. E confesso que já há muito tempo que não conseguia abstrair-me tanto das coisas que me rodeiam como hoje. Durante a viagem inteira ia a olhar pela janela e a cantar, a cantar várias canções, vários estilos, várias coisas e fixava os pontos que se mexiam do outro lado da janela. Sentia a cara quente do ar quente que entrava pelos coisinhos de saída de ar do carro. E quando o carro parou, reparei que tinha uma mancha do ar quente que saía da minha boca e sorri sozinha como se tivesse descoberto uma das coisas mais preciosas do universo. Senti-me como se tivesse conseguido apagar tudo da cabeça, todas as palavras, todas as pessoas, todas as coisas para fazer, as coisas feitas a meio, todas as dores, todos os amores, todos os desejos, e confesso que foi como fazer uma espécie de reboot ao cérebro.
- 3 comentários • Category: o espaço inominável
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3 comentários
Quality time familiar... É do melhor! :)
by Freddy on 22 de novembro de 2008 às 09:57. #
também gosto desses "reboots". São preciosos para o nosso equilibrio mental...
by Francisco on 22 de novembro de 2008 às 11:59. #
Eu fiz isso tudo, mas com o mon amie Rio Douro numa looooooonga viage de comboio =)
by Anónimo on 22 de novembro de 2008 às 15:38. #
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