Amaterasu

por Sandra Pinto em segunda-feira, 24 de novembro de 2008

No teu corpo de núpcias embalo a mudez cerrada,
Embalo os ecos das trevas no cativo do silêncio,
Repetindo a melodia do teu nome, navegante da perdição
Encerras-te em mim, lume letal!


Mimos de sulfúreo instante
Incensos agrestes carregam o teu perfume
Sublime, sacrílega os travessos da loucura
Matriz do ciúme e amante da amarga saudade


Encanta-me o fado do teu crime
O teu gesto lívido de cor de vaidade
Crês nos meus escritos a imensidade
O teu encanto doce pinta a eternidade

Versos, versos, versos!
Cinzas do destino em chamas
Ninho indigno de desejo roubado
Lúbricas fragatas, Vénus de cetim!

Autora:
Sandra Pinto