Dizes que o Sol
já não decora
as minhas paixões.
Estimulas os meus sonhos
e encantamentos que ameaçam
minha inspiração.
Caminhas encenando
o teu perfil indeciso
que a noite tenta usurpar.
Consentes o amor supérfluo,
o arsenal decorativo
que ostento no meu olhar
quando cedes ao capricho
do meu abraço.
Embarco na doçura das histórias
que um poema interminável
possa engenhar.
És o esplendor da metáfora
dos desígnios da minha prisão,
pintor de luxúria e escuridão.
Murmuras-me ao ouvido
adivinhando o balanço
dos meus gemidos,
o cálice da desgraça,
provocando a eclosão do recato
que enfrento e me apazigua
a solidão .
Busco as trevas sem ousadia,
desfrutando sepultada no esquecimento,
contando os meus caprichos de Amor.
Autora: Sandra Pinto
Enviar um comentário