Há dias que nos devolvem o sentido.
A questão é que nem sempre deixamos que eles aconteçam - nem sempre temos tempo para eles na nossa vida. E o mais engraçado é que passamos dias à espera que esses dias apareçam para nos surpreender - numa manhã de sol? - sem nunca nos apercebermos que raramente lhes damos espaço de actuação. Os protagonistas das nossas agendas complicadas são, regra geral, as responsabilidades. Mas o vício de querer estar sempre onde há alguma coisa a acontecer, ainda que, na nossa cabeça, nos apareça num papel secundário, é tanto ou mais escravizador do que o ter que estar ou o ter que fazer.
Às vezes é preciso respirar fundo, fechar os olhos para não cair na tentação de hesitar e repensar tudo outra vez e passar um risco bem grande na nossa agenda - naqueles dias que ainda não têm, mas podiam vir a ter toda uma ordem de trabalhos. E vivê-los sem qualquer plano delineado, à mercê de tudo o que de bom e de mau deles possamos vir a retirar.
(Luísa, desculpa os itálicos, eu sei que os detestas, mas é um vício que, como vício que é, insiste em escravizar-me.)
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Um comentário
Concordo com o que dizes. As responsabilidades são importantes, mas, por vezes, é necessário po-las em segundo plano =)
Gostei do teu texto.
(ah... estás desculpada!) ;p
by Luísa on 23 de outubro de 2008 às 21:30. #
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